A Coreia do Norte é um país fechado, onde as informações sobre sua história, cultura e forma de governo são escassas e diluídas em uma propaganda oficial que se concentra na liderança de Kim Jong-un. No entanto, há certas áreas em que é possível obter um vislumbre da vida cotidiana dos norte-coreanos, como no caso do jogo de azar.

Embora o governo norte-coreano sempre negue a existência de cassinos em seu território, há evidências que sugerem o contrário. Algumas fontes afirmam que existem pelo menos quatro cassinos abertos a estrangeiros em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, além de outros em áreas turísticas como em Rason, na fronteira com a Rússia e a China.

No entanto, os cassinos norte-coreanos são diferentes de seus equivalentes em todo o mundo. Eles não são espaços de luxo e glamour, como em Las Vegas ou Macau, mas locais modestos, muitas vezes instalados em hotéis ou prédios do governo. Além disso, eles não são destinados aos norte-coreanos, mas sim aos estrangeiros que visitam ou trabalham no país.

Esses cassinos são controlados pelo governo e, como tal, arrecadam milhões de dólares em receitas que fluem diretamente para o Estado. Eles são, portanto, uma importante fonte de recursos para o regime do país, que gasta grande parte de seus orçamentos em armas e programas nucleares.

Com relação ao turismo, os cassinos norte-coreanos são um dos poucos atrativos para visitantes estrangeiros. Apesar das restrições impostas pelo governo, turistas de várias nacionalidades, como chineses e russos, visitam a Coreia do Norte para jogar no cassino, fazer turismo e participar de eventos culturais organizados pelo governo.

No entanto, a falta de infraestrutura turística e as preocupações com segurança geralmente impedem a entrada de turistas em massa no país. Além disso, o clima hostil entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte também desencoraja muitos turistas potenciais.

Os norte-coreanos, por outro lado, não têm permissão para jogar no cassino, pois o jogo é ilegal para eles. Na verdade, o jogo de azar é geralmente visto como uma atividade imoral e anti-social na Coreia do Norte, onde o coletivismo e a lealdade à liderança são altamente valorizados.

Em resumo, o jogo de azar na Coreia do Norte é apenas um aspecto da vida em um país altamente controlado pelo governo. Embora os cassinos gerem receitas significativas para o Estado e atraiam turistas estrangeiros, sua existência é muitas vezes obscurecida por alegações do governo de que o jogo é contra a lei e socialmente inaceitável para os norte-coreanos.